Quando você ama videogame, mas tem que trabalhar, estudar ou os dois juntos e mal tem tempo de fazer o básico, é muito provável que você goste bastante de beat’em’ups, não só pela diversão propriamente dita, como também pela simplicidade em simplesmente iniciar o jogo e entrar diretamente na ação.
Por esses motivos, jogos “briga de rua” são minha paixão desde sempre: jogar por 10 minutos entre duas tarefas do dia a dia, quebrando a cara de todo mundo, sem me preocupar muito com a história já salva o meus anseios de jogador CLT.
Dentre os inúmeros jogos dessa categoria, podemos dizer que uma série que é referência e sempre está incluída em todas as listas, boas ou ruins, é Streets of Rage, as Ruas de Raiva!
Vamos passar por todos em ordem cronológica
Streets of Rage (1991): Clássico pioneiro do gênero, mas com mecânicas limitadas. Hoje, vale mais pela nostalgia.
Streets of Rage 2 (1992): Ampliou ataques, personagens e design de fases, sendo um dos melhores do gênero até hoje. Ainda vale muito a pena jogar.
Streets of Rage 3 (1994): Tentou evoluir a jogabilidade com enredo mais complexo e múltiplos finais, mas sofreu com mudanças problemáticas na versão ocidental. Ainda jogável, mas não essencial.
BOR – Beats of Rage (2003): BOR foi criado em 2003 pela equipe Senile Team como um tributo à série Streets of Rage (especialmente SoR2) mas usando sprites dos jogos King of Fighters, criando um crossover visual inesperado. Ele serviu como um motor de jogo altamente flexível chamado OpenBOR, permitindo a criação de inúmeros beat ‘em ups personalizados, como Final Fight X, Night Slashers X, TMNT Rescue-Palooza, Dragon Ball Z: The Saiyan Saga, He-Man e os Mestres do Universo, Kill Bill: The Game, Mortal Kombat Outworld Assassins, X-men: Hunter For Mutants, Castlevania Legacy Of Dracula, Golden Axe Returns, Dungeons and Dragons Animated Series e inúmeros outros. Precisam realmente conhecer, não irão se arrepender!
Bare Knuckle Mobile (2009): Um beat ‘em up para celulares antigos, extremamente simples e sem impacto na franquia. Não vale a pena.
Streets of Rage Remake (2011, fan game): Excelente reinterpretação feita por fãs, combinando elementos dos três primeiros jogos. Sim, vale muito a pena para quem quer uma experiência definitiva da trilogia clássica.
Streets of Rage 4: Essa matéria começou por causa desse jogo, principalmente por minha recente platina nele, fato raro para quem tem pouquíssimo tempo para jogar.
Streets of Rage 4 é um retorno triunfal da clássica franquia beat ‘em up da SEGA, que estava adormecida desde 1994 com Streets of Rage 3. Mantendo a essência arcade dos títulos originais, o jogo moderniza a fórmula com visuais desenhados à mão, trilha sonora excelente e mecânicas refinadas, como combos expandidos e golpes especiais que incentivam o risco-recompensa. O combate é fluido e satisfatório, trazendo personagens icônicos como Axel, Blaze e Adam, além de novos lutadores como Cherry e Floyd.
Mighty Fight Federation (2021, crossover): Inclui Axel e Blaze como personagens jogáveis neste jogo de luta estilo arena. Interessante para fãs hardcore, mas não essencial.
Veredito
Se você é fã da série original ou do gênero beat ‘em up, Streets of Rage é uma série altamente recomendável.
Confiram os primeiros jogos, como Streets of Rage 2, o atual e inspiradíssimo Streets of Rage 4 (tente não platinar, é impossível 😁), spin-offs como Streets of Rage Remake e derivados, especialmente He-Man e os Mestres do Universo, do OpenBOR. Garanto que não irão se arrepender.
